domingo, 17 de janeiro de 2016

Perdendo espaço em indicadores de progresso



Após cinco anos, Brasil sai do patamar de três milhões de empregados na construção civil
Com demissões realizadas até novembro de 2015, total de trabalhadores formais no setor ficou em 2,9 milhões, segundo pesquisa do SindusCon-SP e da FGV
Luísa Cortés, do Portal PINIweb















 O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgaram nesta quarta-feira (13) que o setor brasileiro de construção perdeu o patamar atingido desde 2010 de 3 milhões de empregos. O número de contratados formais, em novembro do ano passado, chegou a 2,9 milhões. Em 12 meses foram cortadas 514 mil vagas
A queda de novembro em relação ao mês anterior foi de 2% no nível de emprego, o que corresponde a 61,3 mil postos de trabalho fechados, levando em conta fatores sazonais. Ao desconsiderá-los, a quantidade de vagas fechadas fica em 23,2 mil.
O motivo da queda do número de empregos se dá tanto pelo fenômeno sazonal de mais demissões que contratações no fim do ano, quando o número de obras diminui, quanto pela retração nos investimentos na área. Isso é o que defende Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia da SindusCon. "Sem novos projetos para execução imediata e desprovidas de um horizonte para a retomada da confiança, as empresas da construção continuaram demitindo", afirma.
Em novembro, em relação ao mês anterior, o segmento de preparação de terreno apresentou maior retração (3,63%) que a infraestrutura (3,01%) e o setor imobiliário (2,04%). Os três segmentos foram aqueles com as maiores retrações na área.

 Esse fenômeno aconteceu em todo o Brasil,
endo a região mais atingida a Norte, com variação de -5,13% e perda de 9.196 vagas de empregos em novembro em relação ao mês anterior. A que apresentou a menor variação mensal foi a Nordeste, com -1,45% e perda de 9.108 vagas de emprego. Veja as demais regiões na tabela ao lado.

Estado de São Paulo
No estado de São Paulo, a queda de novembro na comparação a outubro foi de 1,62%, o que significa 12,8 mil vagas perdidas, mas ao desconsiderar a sazonalidade, a queda diminui para 0,71% no período, respectivo a 5,5 mil vagas de emprego.
No acumulado do ano, a queda em relação ao mesmo período de 2014 foi de 7,77%, sendo o segmento imobiliário aquele com o pior resultado (-10,07%). Dentre as cidades registradas na pesquisa, Presidente Prudente apresentou a pior queda, de 23,93%, apesar de ter sofrido a menor variação mensal (0,03% em novembro, em relação ao mês anterior). Na capital, a retração foi de 11,73%. A cidade corresponde a 46% do total de empregos no setor.

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