Parede-diafragma
Confira todas as etapas de construção desse tipo de
tecnologia para contenção de taludes
Reportagem:
Giovanny Gerolla
Edição
57 - Março/2013
Paredes-diafragma são uma tecnologia de contenção
de solos normalmente associada a tirantes. No entanto, nem sempre as condições
de resistência do solo e de recuo de terreno em relação a construções vizinhas
permite o uso de tirantes.
Ainda assim, essa tecnologia pode ser viável,
conforme explica o engenheiro Fadi Tanios El Khouri Hanna, da Sages Engenharia.
"Escavamos o solo até encontrar rocha ou solo firme, onde o travamento das
paredes é feito. Depois, isolamos o buraco escavado com chapas-espelho
metálicas e concretamos, retirando as chapas à medida que se dá a cura do
concreto."
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Passo 1
As ferragens são preparadas em lamelas, neste caso com 2,5 m de largura. Prontas, devem ser armazenadas de modo que não fiquem sujas de terra ou lama.
As ferragens são preparadas em lamelas, neste caso com 2,5 m de largura. Prontas, devem ser armazenadas de modo que não fiquem sujas de terra ou lama.
Em todo o perímetro, canaletasguia ajudam a orientar a escavação com clamshell.
Elas são formadas neste caso por duas vigas de concreto armado com 1,10 m de
altura, paralelas e distantes 43 cm entre si. Ao final do processo, elas são destruídas.
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Passo 3
A escavação é feita com o guindaste clamshell. Neste caso, a profundidade atingida é de 12 m. As aberturas são feitas a cada 2,5 m, onde as lamelas metálicas serão inseridas. A lama retirada é depositada até secar e, depois, é levada para fora do canteiro.
A escavação é feita com o guindaste clamshell. Neste caso, a profundidade atingida é de 12 m. As aberturas são feitas a cada 2,5 m, onde as lamelas metálicas serão inseridas. A lama retirada é depositada até secar e, depois, é levada para fora do canteiro.
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Passo 4
As lamelas metálicas são içadas por guindaste e inseridas nos pontos escavados.
As lamelas metálicas são içadas por guindaste e inseridas nos pontos escavados.
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Passo 5
Nas alças das armaduras são passadas travas de segurança que as mantêm suspensas 20 cm em relação ao fundo do buraco escavado para que o metal não toque a terra.
Nas alças das armaduras são passadas travas de segurança que as mantêm suspensas 20 cm em relação ao fundo do buraco escavado para que o metal não toque a terra.
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Passo 6
O tubo por onde a paredediafragma será concretada é içado pelo guindaste e direcionado para o ponto central da armadura. Ele deve atingir o ponto mais profundo da escavação, uma vez que a concretagem acontece de baixo para cima.
O tubo por onde a paredediafragma será concretada é içado pelo guindaste e direcionado para o ponto central da armadura. Ele deve atingir o ponto mais profundo da escavação, uma vez que a concretagem acontece de baixo para cima.
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Passo 7
Quando um único tubo não é suficiente para atingir a profundidade, um segundo é içado e rosqueado ao que já foi inserido no buraco.
Quando um único tubo não é suficiente para atingir a profundidade, um segundo é içado e rosqueado ao que já foi inserido no buraco.
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Passo 8
O bocal do tubo é deixado pronto para receber o funil por onde a betoneira despejará o concreto.
O bocal do tubo é deixado pronto para receber o funil por onde a betoneira despejará o concreto.
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Passo 9
Chapas-junta são inseridas nas laterais de cada armadura, separando umas das outras.
Chapas-junta são inseridas nas laterais de cada armadura, separando umas das outras.
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Passo 10
Ao mesmo tempo, a bomba por onde circula lama bentonítica é ajustada para sugar o material expelido no fundo do buraco à medida que a concretagem avança.
Ao mesmo tempo, a bomba por onde circula lama bentonítica é ajustada para sugar o material expelido no fundo do buraco à medida que a concretagem avança.
DICA
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Dois
silos de lama bentonítica utilizada para evitar desbarrancamentos e selar os
poros do solo e um de água fazem a mistura que é enviada para os buracos, e
recebem a lama que sai de lá após a concretagem. O transporte é feito por
bombas.
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Passo 11
O concreto é despejado pelo funil, passando pelo tubo até chegar à sua extemidade, onde ocorre a expulsão de uma bola que ali havia para evitar o acesso de lama bentonítica ao interior do tubo. A parede-diafragma é executada, então, em toda a sua profundidade.
O concreto é despejado pelo funil, passando pelo tubo até chegar à sua extemidade, onde ocorre a expulsão de uma bola que ali havia para evitar o acesso de lama bentonítica ao interior do tubo. A parede-diafragma é executada, então, em toda a sua profundidade.
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Passo 12
Depois de curado o concreto, prepara-se o coroamento das paredes-diafragma. O primeiro passo é limpar a lama que se acumulou sobre a superfície.
Depois de curado o concreto, prepara-se o coroamento das paredes-diafragma. O primeiro passo é limpar a lama que se acumulou sobre a superfície.
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Passo 13
O chamado concreto "podre" é retirado com um martelete. Nesse momento são afastadas as canaletas-guia, que orientaram as escavações.
O chamado concreto "podre" é retirado com um martelete. Nesse momento são afastadas as canaletas-guia, que orientaram as escavações.
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Passo 14
São instalados os painéis de madeira que servirão de fôrma às vigas de coroamento da parede-diafragma. Depois de concretadas e curadas, essas vigas darão apoio à laje do piso térreo do edifício em construção.
São instalados os painéis de madeira que servirão de fôrma às vigas de coroamento da parede-diafragma. Depois de concretadas e curadas, essas vigas darão apoio à laje do piso térreo do edifício em construção.
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Passo 15
Por fim, toda a lama previamente escavada é retirada do canteiro de obras por caminhões.
Por fim, toda a lama previamente escavada é retirada do canteiro de obras por caminhões.
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