Instalação de ar-condicionado split exige estudo prévio do espaço físico
Saiba quais são os locais mais
adequados para fixação das unidades evaporadora e condensadora e as principais
demandas elétrica e de drenagem para o bom funcionamento do equipamento
Texto:
Gabriel Bonafé
A unidade evaporadora do ar-condicionado é
responsável por resfriar o ambiente interno
(Bplanet/ Shutterstock.com)
(Bplanet/ Shutterstock.com)
O ar-condicionado split é um equipamento compacto de
refrigeração amplamente utilizado em projetos residenciais, comerciais e
corporativos para proporcionar maior conforto térmico. Ele é composto
por duas unidades: a evaporadora, que fica no ambiente interno; e a condensadora,
que fica no externo. Para instalar o sistema adequadamente, o proprietário do
imóvel e o responsável técnico devem verificar algumas características do
espaço onde será feita a instalação e eventuais adaptações que o equipamento
demandará.
CARGA TÉRMICA
Para garantir a performance do ar-condicionado
split, deve-se observar a carga térmica do espaço onde o equipamento
será instalado, fator que ditará qual a potência mais adequada para o
equipamento.
A carga térmica consiste na soma de todas as fontes
responsáveis por aquecer o ambiente. Portanto, é crucial considerar no cálculo
a quantidade e a dimensão de aberturas ou janelas, revestimentos empregados no
ambiente e tipos de lâmpadas utilizadas. “Normalmente, o técnico já tem uma
tabela pronta para determinar a carga térmica”, conta Vinicius Cassullo Amparo,
diretor da Equipe Ar Condicionado.
Quanto
maior a potência do ar-condicionado, maior será a bitola [dos condutores
elétricos]
Vitor da
Silva
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
O dimensionamento das instalações elétricas,
incluindo a espessura do cabeamento, é outro aspecto que deve ser avaliado
antes do serviço. “Quanto maior a potência do ar-condicionado, maior será a
bitola”, pontua Vitor da Silva, responsável técnico da Integ do Brasil.
Caso as instalações não atendam às especificações
técnicas apontadas pelo fabricante do equipamento, o cliente deve procurar um
profissional eletricista para providenciar as adaptações necessárias. “O
sistema não funcionará se não houver compatibilidade, pois o disjuntor irá
desarmar sempre que houver aquecimento no fio”, adverte Silva. O quadro de
distribuição do edifício deve conter, ainda, um disjuntor dedicado somente para
o ar-condicionado.
ONDE INSTALAR
A unidade evaporadora deve ser instalada no
ambiente interno da edificação, em um local protegido contra a radiação solar.
“O ideal é que ela faça uma boa distribuição do ar, sem obstáculos no fluxo de
ventilação”, ressalta Silva.
Unidade condensadora instalada no ambiente externo
(Somnuek saelim/ Shutterstock.com)
(Somnuek saelim/ Shutterstock.com)
Essa unidade pode ser fixada em alvenarias de
blocos e concreto e até em paredes de drywall, desde que sejam utilizados
buchas e parafusos adequados para evitar a queda do equipamento.
Já a unidade condensadora, instalada na área
externa da edificação, deve ficar em um local que permita a dissipação do calor
absorvido na evaporadora. “A descarga não pode sofrer nenhuma obstrução e em
local com baixa exposição ao sol”, orienta Silva.
O condensador pode ser fixado na fachada por meio
de suportes com grau de resistência mecânica e buchas adequadas, além dos
amortecedores de vibração. “Essa unidade também pode ficar no chão, com um
calço de borracha para equilibrar o nível de vibração do equipamento”,
acrescenta Amparo.
CONEXÕES
As unidades evaporadora e condensadora são ligadas
por uma tubulação de cobre revestida com isolamento térmico. A distância máxima
varia de acordo com o modelo do equipamento, mas o ideal é mantê-las o mais
próximo possível para evitar trocas de calor com o ambiente.
[A
unidade condensadora externa] também pode ficar no chão, com um calço de
borracha para equilibrar o nível de vibração do equipamento
Vinicius
Cassullo Amparo
Na instalação da rede, é importante se atentar à
posição do sifão, que varia de acordo com o desnível entre condensadora e
evaporadora. A execução de curvas nas tubulações jamais deve ser realizada com
as mãos, mas com ferramentas adequadas para evitar danos no material. “Todas as
curvas devem ter raio longo para facilitar o fluxo do fluido refrigerante”,
destaca Silva.
Após a conexão das tubulações nas unidades, é
necessário pressurizar a linha para verificar vazamentos e, posteriormente,
criar o vácuo para remover toda a umidade interna. Caso o proprietário não
queira manter as tubulações aparentes, é necessário quebrar as paredes para
embutir a instalação.
PONTO DE DRENAGEM
Quando o ar é resfriado na unidade evaporadora, a
umidade nele presente se condensa. Isso exige um sistema de drenagem ligado à
rede de esgoto, conforme orientam alguns manuais de instalação. “Caso a
edificação não possua essa infraestrutura, o ponto de drenagem do
ar-condicionado pode ser levado para qualquer lugar da área externa”, aponta
Amparo.
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Colaboração técnica
Vinicius Cassullo Amparo – diretor da Equipe Ar
Condicionado
Vitor da Silva – graduado em Engenharia Mecânica
pela Universidade São Judas Tadeu (USJT), é responsável técnico da empresa
Integ do Brasil.
retirado da revista Téchine - Pini
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