Obra de
integração do Rio São Francisco chega a 86,3% de conclusão.
Construção recebeu R$ 3,2 bilhões de investimento
entre 2014 e 2015. Conclusão é prometida para dezembro deste ano
Luísa
Cortés, do Portal PINIweb
10/Maio/2016
Segundo o Ministério da Integração Social do
Governo Federal, as obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF)
alcançaram, em abril, 86,3% de conclusão. O projeto, no qual foram investidos
R$ 1,4 bilhão em 2014 e R$ 1,8 bilhão em 2015, tem 477 km de extensão em dois
eixos (Leste e Norte) e promete trazer água aos estados de Pernambuco, Ceará,
Paraíba e Rio Grande do Norte. A entrega é prevista para dezembro.
Obra de integração do Rio São Francisco chega a
86,3% de conclusão.
EBI1 -
Cabrobó/PE
Divulgação:
Ministério da Integração Nacional
Dos 325 km de canais, 265
encontram-se finalizados - 139 no Eixo Leste e 126 no Norte. Dos 27
reservatórios do projeto, 15 estão prontos e oito estão em fase final (com mais
de 95% de conclusão). Os outros quatro reservatórios estão em fase de
construção. Sobre os aquedutos, 11 dos 13 estão prontos e os outros dois estão
em fase de conclusão (índice de execução entre 70% e 95%). Quanto aos túneis,
dos seus 23 km, quase 22 encontram-se prontos. Um deles, o Cuncas 1, é o
maior da América Latina para transporte de água.
A segunda estação de bombeamento
(EBI-2) do Eixo Norte está em frase de testes e outras três foram entregues nos
últimos dois anos: EBV-1 e EBV-2, do Eixo
Leste, e a EBI-1, do Eixo
Norte. São nove no total. Duas estão no processo de montagem dos equipamentos e
as outras três em construção.
A previsão do governo é de que a
obra beneficie, além das áreas urbanas dos estados de Pernambuco, Ceará,
Paraíba e Rio Grande do Norte, 78 mil habitantes de 294 comunidades rurais
próximas aos canais. Das comunidades, 12 quilombolas, 23 indígenas e nove
assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Ainda segundo o governo, das 18
Vilas Produtivas Rurais (VPRs) construída para o reassentamento dos moradores
que viviam na área de implantação das estruturas, 16 estão habitadas. São 623
famílias de Pernambuco, Ceará e Paraíba. As demais vilas estão prometidas para
esse semestre.
Sistemas
racionais de consumo de água esbarram na falta de normas técnicas
Por Circe
Bonatelli
Edição
178 - Maio/2016
O uso inteligente de água nos
prédios residenciais - como os sistemas para reúso das águas cinzas e
aproveitamento das chuvas - tem potencial para reduzir a conta dos condomínios.
Mas, embora as soluções sejam promissoras, ainda estão longe de se tornarem uma
realidade nos edifícios em lançamento. A carência de normas técnicas para
implantação e operação dos sistemas espanta a maioria dos empreendedores, que
prefere não se expor a eventuais riscos sanitários. Além disso, a inclusão
desses sistemas nos projetos gera custo extra, mas não representa,
necessariamente, um fator capaz de impulsionar as vendas.
Algumas empresas de construção e
incorporação imobiliária, como Tarjab e Trisul, em São Paulo, e o Grupo Toctao,
em Goiânia, decidiram dar os primeiros passos na área. 'A escolha por esses
sistemas tem dois focos: o primeiro é oferecer produtos de boa qualidade,
enquanto o segundo é comercial', explica o gerente de produção da Tarjab, Bruno
Freire. Ele admite, porém, que ainda não foi possível mensurar o retorno na
comercialização, pois as iniciativas são relativamente novas, e as prioridades
dos clientes, difusas. 'Não sei mensurar o quanto isso ajudou na venda, de
fato. A crise hídrica despertou mais interesse das pessoas. Mas, em seguida,
veio a crise financeira, e a preocupação geral se voltou para o preço',
complementa Freire (veja mais no debate da próxima página).
Um dos sistemas com maior
potencial de expansão é o reúso de águas cinzas, que tem esse nome porque capta
a água proveniente de chuveiros, lavatórios e máquinas de lavar, com coloração
acinzentada. O sistema requer uma rede hidráulica independente, por onde os
líquidos são encaminhados para uma estação de tratamento dentro do próprio
condomínio. Dali, são destinados para fins não potáveis, como descarga de vasos
sanitários, lavagem de pisos e irrigação de jardins. A manutenção do sistema e
o monitoramento da qualidade da água dependem de uma empresa especializada.
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