Caixa
deve disponibilizar R$ 81 bilhões para crédito habitacional em 2016
Banco pretende destinar 52% desses recursos para a
comercialização e 48% à produção de imóveis
Luísa
Cortés, do Portal PINIweb
22/Fevereiro/2016
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A Caixa Econômica Federal deverá
disponibilizar R$ 81 bilhões para o crédito habitacional em 2016, dos quais R$
18 bilhões para a faixa de mercado, e continuará buscando recursos adicionais
para esses financiamentos. O anúncio foi feito pelo vice-presidente da
Habitação do banco, Nelson Antonio de Souza, no último dia 18 de fevereiro,
durante reunião com o Comitê de Habitação Popular do Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP).
Souza ainda informou que 61% dos
financiamentos imobiliários em 2015 destinaram-se à comercialização, enquanto
39% à produção. Em 2016, a intenção é destinar 52% para a comercialização e 48%
para a produção.
O vice-presidente da Caixa ainda
apontou duas preocupações do banco: a evasão de depósitos em Poupança (-R$ 53
bilhões em 2015 e -R$ 12 bilhões em janeiro) e o aumento da taxa de
inadimplência do crédito imobiliário (de 1,97% em dezembro de 2015 contra 1,47%
no mesmo mês do ano anterior). Já os recursos do FGTS têm aumentado (+ R$ 18,4
bilhões em 2014 e +R$ 14,4 bilhões em 2015). Ainda afirmou que 2/3 da carteira
de crédito da instituição financeira.
Na ocasião, Ronaldo Cury,
vice-presidente de Habitação Popular do SindusCon-SP, ainda manifestou a sua
preocupação em relação às questões ainda pendentes na definição das diretrizes
para a faixa 1,5 da terceira fase do Minha Casa Minha Vida (MCMV 3). Ele propôs
que ela contemple moradias de no mínimo dois dormitórios, a elevação do limite
do Regime Especial de Tributação (para R$ 135 mil por unidade habitacional em
São Paulo, por exemplo) e que se deixe a organização da demanda ao mercado ou,
alternativamente, primeiro à prefeitura e, depois de um determinado prazo, ao
mercado.
Também foi manifestada pelo
vice-presidente do SindusCon-SP a expectativa de que o governo não corte parte
dos R$ 16 bilhões reservados no Orçamento do Ministério das Cidades para a
habitação em 2016 e a esperança de que haja maior divulgação prévia dos Feirões
da Caixa.
Cury ainda afirmou que a faixa
1,5 será muito importante porque está difícil enquadrar candidatos a
adquirentes nos empreendimentos térreo + quatro pavimentos no estado de São Paulo.
Além disso, solicitou a correção de problemas de consistência e estabilidade no
sistema para simulações na regra antiga do faixa 2, que atende os candidatos na
atual fase de transição.
Em resposta, o vice-presidente da
Caixa assegurou que todas as definições pendentes da fase 3 serão discutidas
previamente com a indústria da construção. O superintendente Henrique Marra
afirmou que a Caixa assinaria no mesmo dia a re-ratificação do convênio com a
agência Casa Paulista.
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