Multinacional
espanhola deve investir R$ 3,4 bilhões em energia solar em Minas Gerais
Projeto inclui a construção de quatros usinas fotovoltaicas;
uma delas será a maior da América Latina
Luísa
Cortés, do Portal PINIweb
A multinacional espanhola Solatio
Energia vai investir cerca de R$ 3,4 bilhões na produção de energia solar em
Minas Gerais. A empresa promete, com o apoio do Governo do Estado, instalar
quatro plantas de geração de energia fotovoltaica, sendo que a de Pirapora, no
norte do estado, deverá ser a maior da América Latina e terceira maior do
mundo. As outras serão implantadas em Guimarânia (Alto Parnaíba), Vazante e
Paracatu (Noroeste do estado).
Segundo o presidente da empresa,
Pedro Vaquer, a escolha de Minas Gerais para abrigar as usinas dá-se à
localização das áreas, ao potencial de radiação solar e à infraestrutura
elétrica. Juntas, as usinas devem ter cerca de 650 MW de energia instalada -
20% de toda a energia solar contratada pela empresa no Brasil. Elas terão
capacidade de produzir cerca de 1,5 milhão de MW/h por ano de energia.
Altamir Rôso, secretário de
Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), pronunciou-se sobre as medidas:
"Além de investir na diversificação da matriz energética de Minas Gerais,
o aporte também trará para o estado uma significativa geração de empregos,
contribuindo para o estímulo da economia local num momento tão
fundamental", afirmou. Os empreendimentos deverão gerar aproximadamente 3
mil empregos diretos e mais 500 quando entrar em operação. A usina de Pirapora
tem previsão de funcionamento para agosto de 2017, enquanto as demais, para
novembro de 2018.
A Usina de Pirapora
A planta de Pirapora é considerada uma megausina de geração de energia solar, com potência instalada de 297 megawatts. O projeto contará com investimentos da Solatio e da Canadian Solar no valor de R$ 1,6 bilhão e, na fase de construção, deve abrir cerca de 2 mil postos de trabalho. Quando entrar em operação, deve gerar 150 empregos.
Financiamento
A Sede também informou que estuda
a viabilização, junto com instituições financeiras, de linhas de financiamento
para a instalação de placas fotovoltaicas em empresas e órgãos públicos. Além
disso, o governo deve criar medidas para que as fábricas dessas placas sejam instaladas
no estado, o que geraria mais negócios e empregos. Com isso, o preço de
instalação deve ser reduzido, e o uso de energia solar fotovoltaica,
popularizado.