quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Vitória, Bahia



Aeroporto de Vitória da Conquista, na Bahia, deve entrar em operação até 2018
Governos Federal e Estadual vão investir cerca de R$ 93 milhões no empreendimento. Propostas para execução do projeto e obra serão conhecidas no fim do mês
Luísa Cortés, do Portal PINIweb
24/Novembro/2016
Aeroporto de Vitória da Conquista, na Bahia, deve entrar em operação até 2018



Divulgação: SAC



A Secretaria de Aviação Civil (SAC) e o Governo da Bahia firmaram um convênio para a construção do terminal de passageiros do Aeroporto de Vitória da Conquista, a 500 km de Salvador, na Bahia, com valor de R$ 45 milhões. Também estão previstas a execução de iluminação da via de contorno, instalação de equipamentos de auxílio de navegação aérea e obras complementares, como de redes de telecomunicação do aeroporto. O empreendimento deve entrar em operação em 2018.

Vale lembrar que as empresas interessadas na elaboração dos projetos básico e executivo de arquitetura, engenharia e instalações complementares e na execução da obra do Terminal de Passageiros (TPS) farão suas propostas no dia 30 de novembro, por meio de regime de contratação integrada. Para acessar o edital, clique aqui. 

O convênio entre a SAC e o governo estadual diz respeito à segunda fase de obras no aeroporto, sendo a primeira viabilizada em 2012 e com custos de R$ 48 milhões, provindos do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (PROFAA). Esta primeira etapa inclui a implantação de sistema de pista de pouso e decolagem, pátio de aeronaves, via de acesso ao aeroporto, sinalização, construção de cerca elétrica externa e entrega da instalação da Seção contraincêndio (SCI).

O aeroporto deverá atender cerca de dois milhões de passageiros por ano, e poderá receber aeronaves de grande porte, como o Boeing 737-800. Assim, atuará com voos de linhas aéreas, executivos e de transporte de cargas.

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Após liberação do Estado, Governo Federal autoriza construção do Aeroporto de Vitória da Conquista, na Bahia

domingo, 6 de novembro de 2016

Maranhão com mais obras

















As obras do porto multimodal de São Luís (MA) começarão ainda no primeiro trimestre de 2017, afirmou ontem ao Valor o principal executivo da WTorre, Paulo Remy Gillet Neto, após evento sobre o setor portuário. O empreendimento será um dos maiores terminais de uso privado da região Nordeste e aumentará substancialmente a capacidade de escoamento do Estado do Maranhão, que já conta com terminais de uso privado e o porto público do Itaqui, relevantes na exportação de minério de ferro e grãos.

A área tem 2 milhões de metros quadrados e terá capacidade para movimentar ao ano 24,8 milhões de toneladas quando o terminal estiver pronto. O projeto está estimado em R$ 1,5 bilhão e deve levar três anos para estar em operação. Entre as cargas que serão movimentadas estão a produção agrícola do Meio-Oeste, fertilizantes, granéis líquidos, carga geral (sobretudo celulose) e, futuramente, contêineres. O complexo contará com uma área reservada pronta para a movimentação de contêineres. "Em infraestrutura se pensa sempre com 50% a mais [de capacidade]", disse Gillet Neto. A profundidade do porto privado será de 18 metros em condições normais, podendo chegar a 25 metros com a variação da maré.

O empreendimento é do braço de infraestrutura da WTorre, a WPR, e recentemente ganhou um sócio, a China Communications Construction Company (CCCC), conglomerado chinês de infraestrutura, equipamentos pesados, e serviços de dragagem.
Segundo Gillet Neto, tão logo o projeto foi apresentado na China, o grupo se mostrou interessado. A CCCC é a maior empresa de infraestrutura da China. Além de construir, opera ativos em outros países. No fim de 2015 tinha US$ 150 bilhões investidos em concessões de infraestrutura de transportes - de empreendimentos prontos aos ainda em construção. Com controle estatal, está listada na Bolsa de Hong Kong. Em 2015, obteve receita equivalente a US$ 120 bilhões, sendo US$ 20 bilhões do braço internacional.

O sócio chinês vai fazer um aporte de R$ 400 milhões. O restante do investimento será feito via captação de recursos no mercado. Atualmente está sendo definido o financiamento, se vai ser local ou internacional.

O executivo defende que a região tenha alternativas de escoamento, dado o avanço da fronteira agrícola no Arco Norte. "Já temos o Tegram, mas precisamos de mais um ou dois portos. A economia se desloca para onde tem infraestrutura", disse, após criticar que a maior parte das commodities produzidas no Arco Norte sejam escoadas pelos portos do Sul e Sudeste, percorrendo caminhos mais longos para acessar o mar e ser transportada até a China pelo Cabo da Boa Esperança, trajeto mais longo que via o Canal do Panamá - opção ideal para a carga destinada à Ásia que sai pelo Norte e Nordeste.

"Será um porto importante que mudará a geografia portuária no Brasil. Hoje há muita concentração. Ele tem de ser um dos melhores, tem de dar condições para que aquela região também seja percebida como uma grande região portuária", disse o executivo. O porto de São Luís terá acesso direto à BR-135 (que liga o Maranhão a Minas Gerais) e às ferrovias Carajás e Transnordestina.

O terminal será instalado próximo ao porto público, com quem competirá por algumas cargas. Uma das questões levantadas no processo de autorização dispõe sobre a possibilidade de o novo empreendimento limitar a expansão física futura do porto público. Mas o terreno para onde potencialmente o complexo público se expandiria na direção ao da WPR não foi objeto de pedido de reserva à Secretaria de Patrimônio da União (SPU), tampouco integrava a área da poligonal. Por isso no processo o poder concedente deu viabilidade locacional ao projeto da WPR.
Fonte: Valor


sábado, 15 de outubro de 2016

Esepramos uma solução para o Brasil



Steinbruch busca Planalto para evitar perda de ferrovia











Com o megaprojeto da Transnordestina na berlinda, o empresário Benjamin Steinbruch deflagrou pessoalmente uma ofensiva para evitar a intervenção do governo na ferrovia. Ele esteve na semana passada com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, para fazer um apelo pela liberação imediata de R$ 300 milhões do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) ao projeto.

Mal recebido na área técnica, o pedido inicial de novos aportes detonou uma ameaça de intervenção pelo Ministério dos Transportes. Sócia com 41,4% das ações, a estatal Valec enviou ofício à Transnordestina alertando que o atendimento do pleito na primeira quinzena de outubro, prazo dado pela empresa, violava suas regras internas e não poderia contar com respaldo jurídico.

Após a gestão de Steinbruch no Palácio do Planalto, segundo fontes oficiais, o Finor poderia liberar pelo menos R$ 153 milhões. O valor, que corresponde a cerca de metade do inicialmente pedido, serviria para o pagamento de serviços já executados na obra da Transnordestina. A liberação dos recursos daria um pequeno fôlego à empresa, mas está longe de solucionar o atraso crônico nas obras, que deveriam ter ficado prontas em 2010 e agora estão com entrega prevista para 2020.

Por ordem de Padilha, que quer um diagnóstico completo da situação do empreendimento, a Casa Civil fez reunião ontem à tarde com secretários de três ministérios e executivos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), controladora da Transnordestina. Também foram chamadas autoridades do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Os técnicos do governo receberam um relato detalhado da CSN, mas chegaram à conclusão praticamente consensual de que Steinbruch não será mais capaz de viabilizar uma solução definitiva para terminar de vez as obras da ferrovia.

Diante da constatação, trabalha-se no Planalto com a expectativa de que o empresário possa usar uma medida provisória que trata de concessões problemáticas e está em reta final de elaboração para devolver o projeto à União. Ele seria indenizado pelos investimentos já realizados e a ferrovia poderia ser relicitada. Para o governo, a vantagem é evitar um arrastado processo de caducidade da concessão, que pode consumir meses de tramitação na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Dependendo dos termos da MP e da proposta de indenização, essa saída é vista como plausível pela CSN, conforme apurou o Valor.

Não houve discussões específicas sobre a possibilidade de devolução do projeto nas conversas de ontem entre governo e empresa, mas essa foi a saída apontada como "melhor caminho" para a Transnordestina por três autoridades diferentes que participaram da reunião na Casa Civil.

De acordo com assessores presidenciais, a CSN não apresentou "propostas críveis" para avançar nas obras. Um exemplo do impasse foi dado para o trecho da ferrovia que desemboca no Porto de Pecém (CE). A conclusão das obras requer investimentos de mais R$ 3 bilhões. O termo de ajustamento de conduta firmado entre a ANTT e a Transnordestina, em 2013, divide quase meio a meio os investimentos nesse trecho: o governo financiaria R$ 1,6 bilhão, basicamente com fundos regionais, e a CSN colocaria R$ 1,4 bilhão em recursos próprios.

"É verdade que não cumprimos rigorosamente a nossa parte", diz um alto funcionário do governo, referindo-se à liberação de dinheiro dos fundos, "mas não dá para vislumbrar mais recursos próprios da CSN sendo aportados na Transnordestina".

Outro auxiliar do governo que participa das discussões diz que a tendência é dar uma "solução definitiva" ao caso e vê a retomada "amigável" da concessão como caminho mais lógico, mas deixa claro: "No fundo, quem vai decidir isso é o dono da CSN e o presidente Michel Temer". Com base no que foi apresentado ontem, a área técnica encaminhará uma proposta aos ministros, que devem deliberar sobre o assunto nas próximas semanas. Se houver entrega dos ativos, a Transnordestina poderá ser relicitada.

Um dos pontos que dificulta a entrada de eventuais novos sócios na concessão atual e desestimula o aporte de recursos pela CSN, segundo diagnóstico feito pelo governo, é de que a taxa de retorno do projeto ficou completamente defasada. Ela foi definida, no passado, em 6,75% ao ano.

Para concluir o empreendimento, o governo estima a necessidade de mais R$ 5 bilhões em investimentos. No novo acordo que tentava costurar com o governo, a empresa previa a entrega do trecho entre a cidade Eliseu Martins (PI) e o porto de Suape (PE) em 2019 e concluiria no ano seguinte o ramal que liga o município de Salgueiro (PE) ao porto do Pecém (CE). Com 55% de execução até agora, o projeto contempla 1.728 quilômetros de trilhos e era uma das estrelas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Fonte: Valor Econômico
Publicada em:: 14/10/2016
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