terça-feira, 17 de novembro de 2015

Fazendo de forma correta

Verga e contraverga
Entenda os procedimentos executivos e saiba calcular a quantidade de aço e blocos para fazer reforços em vãos na alvenaria
Reportagem: Fábio Busian
Edição 61 - Julho/2013

Os vãos na alvenaria que recebem janelas e portas são considerados regiões de concentração de tensões. Para reduzir o risco de surgirem fissuras nas paredes, é preciso, portanto, melhorar a distribuição das cargas. Isso é obtido com o uso das chamadas vergas (na parte de cima) e contravergas (na parte de baixo).
Tais elementos podem ser pré-moldados ou moldados no local, com o uso de vigas ou blocos canaleta. O engenheiro Luiz Sérgio Franco, da Arco - Assessoria em Racionalização Construtiva, explica que os pré-moldados são, geralmente, empregados em obras que possuem repetição razoável desses componentes. Segundo ele, a verga moldada no local só é empregada em obras pequenas, geralmente quando não se dispõe do bloco tipo canaleta. Para este exemplo, vamos considerar o uso de blocos canaleta, pois são muito difundidos devido à facilidade e rapidez executiva que proporcionam.



 O uso dos vergalhões - em comprimento 20% maior do que o vão de cada lado - proporciona a solidarização da estrutura de distribuição de cargas à alvenaria

 Equipe e materiais

A equipe composta por pedreiro e ajudante monta o escoramento e a estrutura para execução da verga. As ferramentas demandadas são martelo, marreta, colher de pedreiro e régua de medição. Todos os componentes da equipe deverão usar luvas, óculos e capacete de proteção.
O processo descrito aqui é indicado apenas para vãos de até 2 m. Vãos maiores exigem elementos em concreto armado com distribuição adequada de armaduras longitudinais e estribos.

Contraverga
Apenas para vãos de janela. Assente os blocos, conferindo o alinhamento com a régua e fazendo os ajustes necessários. Aplique concreto no interior do bloco até atingir 3,0 cm de altura e disponha dois vergalhões de aço com 6 mm de diâmetro cada, com distância de 1,5 cm entre eles.
O comprimento deles deve ser, pelo menos, 40% maior do que o vão. Os 20% adicionais, de cada lado, ficarão apoiados na alvenaria, consolidando o conjunto. Preencha com concreto até que falte 4,0 cm para completar a canaleta. Coloque outros dois vergalhões com as mesmas características e complete com concreto.

Verga
Para portas e janelas, a verga exige uma escora de madeira com a mesma altura do vão apoiada na contraverga ou no piso. Por isso, é preciso esperar que o concreto endureça e ganhe resistência. Daí, com a colher de pedreiro, aplique a argamassa sobre o escoramento, coloque os blocos tipo canaleta e repita o processo da contraverga. O tempo de cura é de até dez dias e deve ser informado pelo projetista.

Cálculo prático
Considerando uma janela e uma porta com larguras de 1,50 m e 0,90 m, respectivamente, usaremos a seguinte fórmula para medir o comprimento dos vergalhões:
(LV / 2,5) + LV
Sendo que LV = largura do vão. Então:
Vergalhões para a janela = (150/2,5) + 150 = 2,10 m
Vergalhões para a porta = (90/2,5) + 90 = 1,26 m
Serão, portanto, oito vergalhões com 2,10 m de comprimento e quatro com 1,26 m de comprimento. Todos com 6 mm de diâmetro.
Para calcular a quantidade de blocos canaleta necessários, a fórmula é TV / 14. Considerando blocos com 14 cm de comprimento, as contas são as seguintes:
Janela: 210 / 14 = 15 blocos por elemento = 30 blocos
Porta: 136 / 14 = 9,71 = 10 blocos


O assentamento da verga é precedido da aplicação da mesma argamassa de assentamento no escoramento, para incremento da resistência do elemento e manutenção da modulação vertical. Após a execução da contraverga, é preciso criar uma estrutura para escoramento da sustentação da verga enquanto ela não ganha a resistência necessária



sábado, 14 de novembro de 2015

Mais energia, menor custo ambiental

Energia solar foi o destaque
no 2º leilão de reserva de 2015, diz Tolmasquim







  • 13/11/2015 19h21
  • Rio de Janeiro
Cristina Indio do Brasil - Repórter Agência Brasil


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O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, considerou que a energia solar foi o grande destaque do 2º Leilão de Energia de Reserva 2015, feito hoje (13).  Foram negociados 33 projetos de energia solar fotovoltaica, movimentando mais de R$ 4,3 bilhões, já a eólica teve 20 projetos com movimentação de mais de R$ 2,4 bilhões. A potência total negociada nos dois tipos de energia foi 89,03 milhões de megawatt-hora (MWh).

Para o presidente, o grande número de estados (BA, MG, PE, CE, TO, SP, RN, MA e PB), que vão contar com os projetos também representa um fator positivo, principalmente, na Bahia com energia eólica e Minas Gerais com energia solar. “Considero esse leilão um grande sucesso por vários fatores. Além da diversificação geográfica, beneficiando vários estados, houve uma grande competição na energia solar, o que gerou deságio e deixou os preços praticados no país extremamente competitivos em relação ao mercado internacional”, analisou.

Na avaliação de Tolmasquim, o Brasil fica cada vez mais atraente para os fornecedores de equipamentos diante do desempenho do leilão. “Acredito que, com essa sequência de leilões bem sucedidos, de energia solar haverá um estímulo para a entrada de empresas de equipamentos no Brasil, com o ocorreu com a energia eólica”, disse.

No 2º Leilão de Energia de Reserva 2015 teve o objetivo atender a demanda das distribuidoras de energia elétrica. De acordo com a EPE, eles se transformarão, nos próximos três anos, em investimentos no país de cerca de R$ 6,8 bilhões. A capacidade instalada dos projetos é de 548,2 megawatts, em energia eólica, e 1.115 megawatts- pico, em energia solar, e começam a entrar em operação a partir de 1º de novembro de 2018, com prazo contratual de 20 anos de fornecimento.
Edição: Fábio Massalli


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