quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Para se ter ar fresco



Instalação de ar-condicionado split exige estudo prévio do espaço físico
Saiba quais são os locais mais adequados para fixação das unidades evaporadora e condensadora e as principais demandas elétrica e de drenagem para o bom funcionamento do equipamento
Texto: Gabriel Bonafé


A unidade evaporadora do ar-condicionado é responsável por resfriar o ambiente interno
(Bplanet/ Shutterstock.com)
O ar-condicionado split é um equipamento compacto de refrigeração amplamente utilizado em projetos residenciais, comerciais e corporativos para proporcionar maior conforto térmico. Ele é composto por duas unidades: a evaporadora, que fica no ambiente interno; e a condensadora, que fica no externo. Para instalar o sistema adequadamente, o proprietário do imóvel e o responsável técnico devem verificar algumas características do espaço onde será feita a instalação e eventuais adaptações que o equipamento demandará.




CARGA TÉRMICA
Para garantir a performance do ar-condicionado split, deve-se observar a carga térmica do espaço onde o equipamento será instalado, fator que ditará qual a potência mais adequada para o equipamento.

A carga térmica consiste na soma de todas as fontes responsáveis por aquecer o ambiente. Portanto, é crucial considerar no cálculo a quantidade e a dimensão de aberturas ou janelas, revestimentos empregados no ambiente e tipos de lâmpadas utilizadas. “Normalmente, o técnico já tem uma tabela pronta para determinar a carga térmica”, conta Vinicius Cassullo Amparo, diretor da Equipe Ar Condicionado.

Quanto maior a potência do ar-condicionado, maior será a bitola [dos condutores elétricos]
Vitor da Silva

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
O dimensionamento das instalações elétricas, incluindo a espessura do cabeamento, é outro aspecto que deve ser avaliado antes do serviço. “Quanto maior a potência do ar-condicionado, maior será a bitola”, pontua Vitor da Silva, responsável técnico da Integ do Brasil.

Caso as instalações não atendam às especificações técnicas apontadas pelo fabricante do equipamento, o cliente deve procurar um profissional eletricista para providenciar as adaptações necessárias. “O sistema não funcionará se não houver compatibilidade, pois o disjuntor irá desarmar sempre que houver aquecimento no fio”, adverte Silva. O quadro de distribuição do edifício deve conter, ainda, um disjuntor dedicado somente para o ar-condicionado.

ONDE INSTALAR
A unidade evaporadora deve ser instalada no ambiente interno da edificação, em um local protegido contra a radiação solar. “O ideal é que ela faça uma boa distribuição do ar, sem obstáculos no fluxo de ventilação”, ressalta Silva.

Unidade condensadora instalada no ambiente externo
(Somnuek saelim/ Shutterstock.com)

Essa unidade pode ser fixada em alvenarias de blocos e concreto e até em paredes de drywall, desde que sejam utilizados buchas e parafusos adequados para evitar a queda do equipamento.

Já a unidade condensadora, instalada na área externa da edificação, deve ficar em um local que permita a dissipação do calor absorvido na evaporadora. “A descarga não pode sofrer nenhuma obstrução e em local com baixa exposição ao sol”, orienta Silva.

O condensador pode ser fixado na fachada por meio de suportes com grau de resistência mecânica e buchas adequadas, além dos amortecedores de vibração. “Essa unidade também pode ficar no chão, com um calço de borracha para equilibrar o nível de vibração do equipamento”, acrescenta Amparo.

CONEXÕES
As unidades evaporadora e condensadora são ligadas por uma tubulação de cobre revestida com isolamento térmico. A distância máxima varia de acordo com o modelo do equipamento, mas o ideal é mantê-las o mais próximo possível para evitar trocas de calor com o ambiente.

[A unidade condensadora externa] também pode ficar no chão, com um calço de borracha para equilibrar o nível de vibração do equipamento
Vinicius Cassullo Amparo

Na instalação da rede, é importante se atentar à posição do sifão, que varia de acordo com o desnível entre condensadora e evaporadora. A execução de curvas nas tubulações jamais deve ser realizada com as mãos, mas com ferramentas adequadas para evitar danos no material. “Todas as curvas devem ter raio longo para facilitar o fluxo do fluido refrigerante”, destaca Silva.

Após a conexão das tubulações nas unidades, é necessário pressurizar a linha para verificar vazamentos e, posteriormente, criar o vácuo para remover toda a umidade interna. Caso o proprietário não queira manter as tubulações aparentes, é necessário quebrar as paredes para embutir a instalação.

PONTO DE DRENAGEM
Quando o ar é resfriado na unidade evaporadora, a umidade nele presente se condensa. Isso exige um sistema de drenagem ligado à rede de esgoto, conforme orientam alguns manuais de instalação. “Caso a edificação não possua essa infraestrutura, o ponto de drenagem do ar-condicionado pode ser levado para qualquer lugar da área externa”, aponta Amparo.

Colaboração técnica
 
Vinicius Cassullo Amparo – diretor da Equipe Ar Condicionado
 
Vitor da Silva – graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade São Judas Tadeu (USJT), é responsável técnico da empresa Integ do Brasil. 
retirado da revista Téchine - Pini

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...