sábado, 30 de julho de 2016

Podemos melhorar e vamos fazê-lo













Com atraso de quatro dias, a Vila Olímpica está pronta. A força-tarefa montada a partir de segunda-feira (25) encerrou seus trabalhos na tarde desta quinta-feira (28) e, na reunião realizada diariamente às 20h30 entre o Comitê Organizador e os chefes de delegação, o Rio-2016 vai comunicar que, a partir daquele momento, os prédios da Vila Olímpica estarão oficialmente em operação.

Na prática, isso significa que qualquer problema que vier a ser identificado nos apartamentos agora é responsabilidade da área de manutenção. "Estamos entregando os últimos três prédios agora. A limpeza está ocorrendo ainda em alguns apartamentos, mas estamos entregando hoje [quinta] a Vila pronta para os atletas", anunciou Rodrigo Tostes, diretor-executivo de operações do Comitê Rio-2016.

Pela manhã, o Rio-2016 havia anunciado que, dos 31 prédios, três ainda estavam recebendo o pente-fino promovido depois das duras declarações do comitê australiano, no domingo (24). Entre os prédios que faltavam ficar prontos estava o de número 24, em grande parte destinado à Argentina.

Na segunda-feira (25), os argentinos também reclamaram das condições dos apartamentos, afirmando, em coletiva de imprensa em Buenos Aires, que alguns andares do prédio eram "inabitáveis". Na tarde desta quinta, em conversas informais, membros da delegação sul-americana afirmavam que alguns de seus apartamentos ainda tinham coisas a consertar.

"Acabei de sair do prédio 24 para transformá-lo (de prédio em obras em prédio) em operação. Alguns andares estavam habitáveis, então a gente deixou esse prédio por último, uma vez que os atletas ainda não haviam chegado", explicou Tostes.
Ao longo do dia, a força-tarefa foi sendo desmobilizada e, até o fim da noite desta quinta, todos os trabalhadores extras contratados no domingo terão sido dispensados. Deixam para trás, entretanto, um problemão. Diversos deles deram entrevistas e contaram que foram contratados sem carteira de trabalho. Na quarta-feira (26), a fiscalização do Ministério do Trabalho baixou na Vila e ameaçou autuar o Rio-2016 e as empresas responsáveis pela terceirização dessa mão-de-obra.

Nesta quinta, o diretor do Rio-2016 não chegou a admitir que havia irregularidades, mas também não as negou. "A gente ainda tá apurando isso. Nosso objetivo era botar em operação e agora vai ver como vai fazer e como a gente vai fazer com esse custo. Entregamos os documentos, os que não estavam aqui vão ser entregues, e tudo vai ser esclarecido", declarou. "Se tiver irregularidade, a gente vai sanar a irregularidade."

FURTOS - Durante a coletiva, Tostes também foi questionado sobre a suspeita de que itens de mobiliário e objetos como tampas de privadas teriam sido furtados. "Tem alguns casos que a gente identificou, mas nada que não pudesse ser corrigido. Nosso objetivo era entregar e foi cumprido. A gente não ficou olhando o problema, mas tentou resolver o problema. A gente não sabe se quebrou, se foi furtado", contou, dizendo que não tem como provar se houve sabotagem, como se especula.


CORREIO POPULAR,  Publicado 28/07/2016 - 18h41 - Atualizado 28/07/2016 - 18h43

Por Estadão Conteúdo

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Brasil, pátria do desperdício



Na Câmara dos Deputados, TCU afirma haver mais de 2 mil obras públicas paradas no País
São cerca de R$ 15 bilhões de reais aplicados nesses projetos. Encontro discutiu temas como aditivos, orçamento, burocracia e fiscalização
Luísa Cortés, do Portal PINIweb
14/Julho/2016











 Em debate realizado na última terça-feira (12) na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados, o Tribunal de Contas da União (TCU) afirmou que o Brasil tem, atualmente, 2.214 obras públicas paradas. São cerca de R$ 15 bilhões de reais aplicados. Participaram da reunião o presidente da Associação Sergipana dos Empresários de Obras Públicas e Privadas (Asseop), Luciano Barreto, e o auditor do TCU, Felipe Peñaloza.

Segundo o órgão, a principal causa da paralisação é a desordem das finanças públicas. Ela é caracterizada pela situação econômica que deprime a arrecadação e pela sobrecarga dos encargos da dívida pública, o que gera uma falta crônica de recursos orçamentários.

"A propósito desse assunto, vale lembrar que as normas infraconstitucionais sobre elaboração e execução do orçamento ainda se encontram regidas pela Lei nº 4.320 de 1964, concebida na década de 50. A constituição de 1988, no entanto, instituiu novo modelo de elaboração orçamentária, que inclui a aprovação de lei complementar sobre finanças públicas, sobre a qual tramitam diversos projetos no Congresso. Na ausência dessa lei complementar, assuntos que lhe são pertinentes vêm sendo tratados de maneira precária pelas leis de diretrizes orçamentárias", explicou.

Peñaloza afirmou, no âmbito administrativo, que o TCU recomenda a instituição e manutenção de um cadastro geral de obras públicas custeadas com recursos da União, para fins de acompanhamento e controle. A medida serve, inclusive, para subsidiar a elaboração do orçamento e acompanhar a fiscalização e a sua execução.

Entre os principais problemas das obras públicas, Barreto citou a burocracia. Usou como exemplos a duplicação da BR-101 em Sergipe e da adutora do São Francisco, que já duram mais de 30 anos. Ele reforçou a necessidade da adoção de mecanismos legais que garantam a continuação das obras, sem interrupção.

Sobre os preços, o presidente ressalta o engessamento orçamentário causado por meio de aditivos. "É preciso um novo modelo de gestão que contemple no preço final das obras licitadas, os custos indiretos, que envolvem saúde, medicina e segurança do trabalhador, alimentação dos operários e os programas sociais", disse.

"Não adianta uma licitação onde um empresário pede um preço inexequível, para a obra iniciar e parar. Ao final quem pagará caro será a sociedade. O artifício dos aditivos pode ser legal, mas não é justo, já que algumas construtoras já ganham licitações com preços menores pensando nos aditivos. É algo estranho que norteia as obras públicas: a construtora ganha uma licitação pelo menor preço na certeza de que logo terá direito a um aditivo. E assim, ao final, o valor da obra ultrapassa em muito o valor inicial e acaba atendendo ao velho jogo das cartas marcadas", observou Luciano.

Também foi apontada a necessidade de que o TCU atue junto aos órgãos de repasse dos recursos, para que eles cheguem no tempo certo a obra não seja paralisada. "Se o caso for à justiça, a obra pode ficar 10 anos parada".

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Como fazer um bom radier



Radier
Nivelamento e posicionamento são as chaves para um trabalho bem-executado
Edição 171 - Junho/2011






Locação topográfica

Se o posicionamento do radier não for feito corretamente, depois da execução é muito difícil remediar. Assim, uma equipe deve garantir o correto posicionamento com aparelhos como teodolito ou estação total.


Nivelamento do terreno

Deve ser respeitada uma tolerância máxima de variação no nivelamento de 1 cm ou 2 cm no momento da terraplenagem, para evitar consumo excessivo de concreto. É recomendável que um laboratório acompanhe esta etapa, fiscalizando o grau de compactação do solo.




Nivelamento do gabarito

Além da necessidade de se respeitar a sequência de montagem do gabarito metálico, que já é a fôrma do radier, seu nivelamento garante a espessura mínima de concreto no pior ponto. Aqui, o controle também é feito por topógrafo.



Tubulação

As tubulações são enterradas com localização pré-definida no gabarito. Para demarcar a abertura das valas, a faixa pode ser feita com cal ou areia de outra


Espaçamento da ferragem

Se a armação for de tela ou de barras retas de aço, deve-se tomar cuidado para a ferragem não encostar no plástico. Isso se faz com espaçadores garantindo o cobrimento mínimo da armadura.


Lona plástica

A lona tem duas funções no radier: evitar que a água faça percolação ascendente, pois ela infiltraria no radier e criaria umidade; e evitar perda da água do concreto ou mesmo sua contaminação com a terra.


Acabamento superficial

Mestras metálicas garantem o nivelamento, e, quando a área de projeção é grande, pode-se posicionar placas metálicas junto aos gabaritos metálicos, como guia para o sarrafeamento. A máquina acabadora de superfície deve ser usada quando começa a pega do concreto, pois depois de endurecido não é possível dar o acabamento, e quando o concreto está mole não se consegue entrar com a máquina no radier.


Apoio técnico: engenheiro Marcelo Nogueira, gerente de qualidade, e Thiago Bittencourt, gerente de desenvolvimento de tecnologia da Rossi.

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