segunda-feira, 14 de março de 2016

Renovação



Retrofits transformam edifícios em estado de abandono em depósitos de armazenamento
Cronograma exíguo e necessidade de garantir espaços amplos aproveitando a estrutura existente foram alguns desafios superados durante as obras
Juliana Nakamura
Edição 227 - Fevereiro/2016




Nos fechamentos internos dos boxes foram utilizados painéis metálicos equipados com portas de enrolar



Pujante nos Estados Unidos, onde movimenta anualmente cerca de US$ 24 bilhões, o segmento de self storage - locação de boxes para armazenagem de bens - começa a ganhar corpo no Brasil com a inauguração de novos depósitos em diferentes localidades. Em São Paulo, onde o potencial de demanda por espaço para armazenamento de objetos é crescente, multiplicam-se as empresas interessadas em explorar esse mercado. Uma delas, a GoodStorage, vem estruturando o seu negócio a partir da recuperação de edifícios antigos em áreas estratégicas da cidade. No último ano, a empresa inaugurou três unidades em avenidas movimentadas, todas elas em edifícios submetidos a retrofits. As obras exigiram a demolição das alvenarias e de lajes para liberar espaço, o reforço de estruturas existentes e a construção de novos pavimentos para acomodar os boxes.

Em todos esses casos, a maior demanda foi garantir espaços iluminados, salubres e com segurança. 'Diferente de um depósito, uma empresa de self storage tem clientes que frequentam o local e precisam se sentir seguros para deixar os seus bens ali', conta o arquiteto da GoodStorage, Luis Claudio Alves Cesar. Segundo ele, as demandas de instalações costumam ser simples nesse tipo de edificação. 'O fundamental é garantir condições para favorecer a interação entre clientes e funcionários. Outras exigências são elevadores com grande capacidade de carga no caso de construções verticalizadas, sanitários e áreas adequadas para carga e descarga', comenta Cesar.

De modo geral, os projetos de self storage preveem corredores dispostos como anéis para favorecer a circulação dos clientes em cada pavimento. Outra particularidade desse tipo de edificação é evitar grandes renovações do volume de ar. 'Como os imóveis são localizados em avenidas de grande circulação, buscamos evitar o excesso da troca de ar para minimizar o acúmulo de poluentes no interior dos boxes', explica o arquiteto da GoodStorage. Nas três unidades reformadas em São Paulo, aberturas na fachada protegidas e estrategicamente posicionadas são suficientes para garantir o conforto ambiental necessário.

RESUMO DA OBRA
Retrofits GoodStorage
Localização: São Paulo
Ano: 2015
Projeto de arquitetura: GoodStorage
Construtora: Citycon Engenharia
Estrutura metálica: Thólos Engenharia/RM Estrutura
Instalações elétricas, hidráulicas e de combate a incêndios: Novatec
Boxes de armazenamento e vedação externa: Ananda Metais
Drywall: Opção Gessos
Elevadores: Alfa Elevadores

segunda-feira, 7 de março de 2016

manutenção e cuidados



Veja os cuidados de projeto e execução de impermeabilização de piscinas e reservatórios
Projeto detalhado e escolha de produto adequado para cada tipo de obra é indispensável para garantir desempenho e ausência de vazamentos futuros
Gisele Cichinelli
Edição 227 - Fevereiro/2016









Contar com um bom projeto, produtos adequados e execução correta é fundamental para garantir a estanqueidade de piscinas e reservatórios, evitando vazamentos e a consequente degradação da estrutura de concreto. Ao contrário de outras áreas molhadas e laváveis, essas estruturas estão em contato constante com a água e sujeitas a pressões d'água relativamente fortes, exigindo o uso de sistemas de impermeabilização mais resistentes e detalhes de projeto mais cuidadosos.




Projeto detalhado e escolha do produto adequado para cada tipo de obra são práticas indispensáveis para garantir desempenho e ausência de vazamentos futuros em piscinas e reservatórios


Como a camada impermeabilizante deve acompanhar as acomodações das estruturas, os cuidados devem começar ainda na concepção estrutural. Embora não interfira diretamente na impermeabilização, a pressão hidrostática exercida na estrutura deve ser considerada nessa etapa a fim de evitar a ocorrência de fissuras do concreto e da alvenaria e futuros danos ao impermeabilizante aplicado. 'Qualquer pressão que provoque esforço e deformação nessas estruturas pode causar o rompimento da impermeabilização, que não conseguirá absorver os impactos dessas movimentações', observa o projetista Sérgio Pousa, da Proiso, empresa especializada em projetos de impermeabilização. No caso de estruturas enterradas, vale lembrar que a impermeabilização deve protegê-las também da ação da umidade do solo.

A especificação da solução mais adequada, capaz de atender às influências térmicas e mecânicas de cada estrutura, é outro detalhe que deve ser considerado em projeto. No mercado, há uma gama de produtos para essa finalidade, mas a escolha dever ser feita levando em conta todas as interferências possíveis (tais como pressão hidrostática, deformações e movimentações) a que estarão sujeitas as piscinas e os reservatórios, além dos custos e da vida útil de cada sistema. 'Muitas construtoras querem impermeabilizar essas áreas apenas com aplicação de uma camada de manta asfáltica aplicada com maçarico. Essa solução até funciona, mas é a mais simples de todas e apresenta a menor vida útil', conta Pousa.


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